
Verdade que existe um abismo entre um documentário (sobre futebol) que mescla depoimentos, narração e computação gráfica, com uma ficção de homem que reencontra mulher. Mas se o processo de filmagem do primeiro foi infinitamente mais fácil (equipe se resumia a cinegrafista e eu na maior parte do tempo), sua montagem foi martírio que não vou repetir.
Ontem, o mais próximo do martírio que cheguei foi no retorno para casa, no ponto onde passa um ônibus por cada estação do ano. E dá várias voltas. Para ir de Brotas ao Costa Azul, tive a impressão de ter dado uma passada em Guarajuba. Para quem não conhece Salvador e o litoral norte do estado, é como ir de São Paulo para o Rio com escala em Brasília.
Voltando a Do Goleiro ao Ponta-esquerda, comecei a montá-lo em maio, apresentei o TCC em julho, com poucas mudanças a serem feitas, mas corte final ficou pronto apenas em outubro. Em outubro! Verdade que só de depoimentos eram mais de três horas, duração que nem todo o bruto de agora tem, mas ali eu confundi perfeccionismo com preciosismo.
Agora, nada de discussão por quadros para lá ou para cá. Nunca mais vou filmar não é um filme de ação. Como já disse, é de terror. Parte mais complicada dele, de longe e bem diferente de Do Goleiro ao Ponta-esquerda, foi a gravação. Na montagem, não só espero como visualizo menos tempo perdido para um resultado melhor. Acho possível.
Ps1: Os atentos já perceberam mudanças de créditos, mas explico. Gisela Stangl, a Guiu, apenas passou a ter seu nome na parte que ela desempenhou desde o início. No que diz respeito ao roteiro, desde convite a Bruna e Lucas disse que ideia dos encontros era para finalizá-lo a seis mãos - o que ajudou e muito na gravação corrida, aliás. Em suma, créditos retroativos.
Ps2: Acima, momento pós-filmagens. (Não, não sei se eles estavam tão felizes, mas preciso colocar uma foto bacana para o título do filme não ser profético. Agradeço a compreensão.)
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