segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Trilha sonora e mudanças

Os últimos textos estão uma esculhambação, pensei comigo mesmo. Quando falo em sequência quatro, cinco, meia, sete e oito, só quem tem como imaginar ou deduzir (coisas que funcionam em alguns bons filmes prontos, vale dizer), é quem foi para a gravação. Nem quem conhece o roteiro tem como identificar porque, mesmo na última versão, ele não tinha divisão por cenas. E embora eu não escreva pensando em público específico, nem tampouco queira abraçar o mundo inteiro, não pretendo transformar isso aqui em um confessionário aborrecido. Dito isto, vamos para as novidades.

Um dos motivos que me deixou com tempo e disposição para postar hoje foi a não montagem. Por motivo de força maior (detesto quando usam o termo, mas não posso ser mais específico), eu e Igor não pudemos nos encontrar. De qualquer jeito, tudo certo para amanhã, e sem boa notícia não ficamos.

Hoje, quando menos esperava, recebi de Thiago Ferreira mensagem de que ele tinha esboços para trilha sonora. Tinha pensado em apenas uma música para o fim, mas ele veio com duas ideias, uma para abertura e outra para o término.

Para tentar facilitar a vida dele, para ter uma base concreta e poder viajar loucamente, enviei oito imagens “printadas” de como visualizava a decupagem da parte final do filme. O que ele fez tem muito do que falamos, muito dele, e já ajuda um bocado para termos uma ideia de ritmo nesse primeiro corte. Lógico que existem outras considerações, mas que preciso e prefiro fazer pessoalmente (ou seja, via telefone) e após digerir mais a música.

Com relação à ideia para abertura, tenho que admitir que, quando penso que não tem mais para onde ir, ele me surpreende. Uma obra-prima, do início ao fim. Para ser mais específico, 1min57s de perfeição, com o mais inimaginável caráter experimental. São quase dois minutos do mais límpido, do mais irretocável silêncio. Digno dos melhores estúdios.

Sacanagem à parte, só o fato de reouvir e relembrar da música enquanto escrevo já me anima. Mesmo quando revoluciona a revolução, esse sacana é dos bons.

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