quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

"Tá na mente"

Foto: Diego Teschi

Poderia dizer, poderia começar o texto aliás, com um susto. “O filme está montado” foi o início que pensei, mas desisti porque teria aí uma parcela de mentira e outra de sacanagem. Primeiro porque o filme sequer foi para a Ilha, e segundo porque o montador não sou eu.

O que fiz foi dividir decupagem em três etapas, que talvez fossem transformadas em apenas uma se o diretor fosse outro. Na última, que terminei agora há pouco e que fiz sem recorrer à anterior para parecer não influenciado, terminei com anotações detalhadas, no fim das contas já com pensamentos em cortes e sequências.

Algumas delas, quanto mais revejo, mais fico em dúvida, às vezes porque ainda não encontrei o ritmo ou a junção ideal, às vezes porque duas ou mais opções parecem funcionar igualmente mal ou igualmente bem. Já outras me parecem intocáveis, com tomadas medonhas contrastadas com outras perfeitas, inclusive com pontos de corte que parecem sinais divinos.

No entanto, mesmo nestes casos, parte da ideia de estar com o filme montado e visualizado "na cabeça" pode, para não dizer que deve, cair na hora que material chegar nas mãos de Igor. Para o que o filme pede, um bom montador precisa ter noção de roteiro e direção, assim como sensibilidade para ator e atriz. Como deve(ria) ser o diretor. A diferença de Igor é que, como entendeu o porqu
ê de não querer vê-lo nas filmagens, não foi contaminado pelo processo.

Referências o rapaz tem, as do filme ele já sabe. Agora, só precisa salvar o resultado. Até breve, jovem.

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