sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Jogadores de cinema

Após primeira reunião com atores escolhidos depois da definição dos papéis, faço uma analogia com futebol. Mais precisamente, com técnicos.

Ele já foi chamado de excessivamente dominador, mal educado, polêmico, arrogante e antipático, além de outras amenidades que não lembro ou não li. Mas ele também é um estudioso, obstinado, e louco pelo que faz. Capaz não apenas de ir bem com a melhor mão-de-obra possível, mas também de conquistar a Europa e o Mundo com um material meia-boca. Hoje no comando do Real Madrid, com só 10 anos de carreira e ainda na casa dos 40, tem um currículo inacreditável para alguém de sua idade.

O nome dele é José Mourinho. Embora eu não saiba até que ponto acredito nessas coisas, é aquariano. E também nasceu em um 26 de janeiro.

A maioria esmagadora dos jogadores com quem ele trabalhou, quando não o venera, tem um carinho especial por ele, e um dos segredos de tanto sucesso, tenho certeza, está em frase que disse antes de chegar a Madrid. “Sempre disse que meus jogadores são os melhores do mundo. Fiz isso quando estava em um clube pequeno como o Porto, quando estava no Chelsea. Agora, os melhores são os jogadores da Inter”.

A ideia é simples, pôr em prática nem tanto. O que ele consegue, e que não tem manual que explique ou ensine, é acreditar e fazer os outros acreditarem. Exatamente como os bons filmes fazem com a gente.

Poderia enumerar os porquês que me levam à convicção de que tenho um Téo e uma Sara cujos potenciais parecem só aumentar - e cada gesto, cada obra do acaso (ou seria do talento deles?), comprova ideia. Se eles ainda não perceberam isso, é meu papel convencê-los. Para isso, talvez passe a impressão de ser excessivamente dominador, arrogante e antipático. Mas é porque sei que os dois se mostram, a cada movimento, os melhores jogadores que poderia escolher para comandar.

Um comentário:

  1. Para quem quer saber um pouco mais sobre o excecpional Mourinho (cujos times vencedores não me soam sedutores, admito), vale ler o ótimo texto de Ubiratan Leal: http://trivela.uol.com.br/Futebol.aspx?secao=8&id=22466

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