sexta-feira, 13 de abril de 2012

O Barcelona e a aula de atuação

Com algum atraso, comento hoje o FeCiBa, ou pelo menos a pequena parte dele que presenciei.

Pude chegar apenas na quinta, já depois da metade do festival, e não vi ou revi muita coisa que gostaria. No entanto, me consola o fato de Premonição, de Pedro Abib, ter levado os prêmios de direção, fotografia e – o que me surpreendeu positivamente – público.

Permaneceu a boa impressão que ficou de ano passado, da sessão comemorativa dos cinco anos da DocDoma, e dá para dizer que foi o melhor curta que vi em Ilhéus. Quando meu pai me perguntou sobre resultado, resumi dizendo que “deu Barcelona”. Ou como disse Tiago Cavalcanti, que também trabalha em Premonição, “Pedro Abib, seu diretor baiano favorito”. Entre os mais jovens, com certeza, embora não possa dizer nada da pessoa dele, que não conheço.

Sobre a sessão de NMVF que acompanhei, foi no início da tarde de quinta-feira, logo depois de quase morrer derretido em frente ao teatro. Se em lançamento minha relação com o filme tinha melhorado, em Ilhéus não tive a mesma satisfação até o dia seguinte, quando calor diminuiu, mas também quando comecei a ouvir outras pessoas.

Amigos, amigos de amigos, ex-professores e até desconhecidos me passaram ou pediram para passar suas impressões. Em um momento comentava com amiga Mila Carillo, que inclusive escreveu uma crítica para o filme aqui, quando ela me apresentou a colega que, assim como ela, fazia a oficina de atuação no Festival. As duas começaram a comentar dos curtas e, testando suas capacidades de assumir um outro personagem, falaram de NMVF.

“Ah, adorei. E ele é muito simples, só dois personagens e tal... até comentei com o pessoal que tá comigo, ele é o outro que a gente mais gostou”, disse com outras palavras a colega dela. Na hora saquei que estavam atuando. Elas disseram que não. Colega continou a elogiar o filme. Mila reiterou que não era combinado, a outra prosseguiu. “Acho que você gosta dele mais do que os amigos de Léo”, resumiu Mila. “Acho que você gosta mais dele do que eu”, fui na onda.

Brincadeira com dose de verdade à parte, desconfio que, talvez, a mocinha realmente tenha curtido o filme. Atuando ou não, ela me convenceu. Fui dormir melhor do que na véspera.

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